04/06/2014

Epígrafe - Poema de Eugénio de Castro





Murmúrio de água na clepsidra gotejante,
Lentas gotas de som no relógio da torre,
Fio de areia na ampulheta vigilante,
Leve sombra azulando a pedra do quadrante,
Assim se escoa a hora, assim se vive e morre...

Homem que fazes tu? Para quê tanta lida,
Tão doidas ambições, tanto ódio e tanta ameaça?
Procuremos somente a Beleza, que a vida
É um punhado infantil de areia ressequida,
Um som de água ou de bronze e uma sombra que passa...


Eugénio de Castro


5 comentários:

  1. Excelente escolha!
    A vida é nada mais que um sopro...

    Continuação de boa semana.
    Beijinhos

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  2. Maria Rodrigues

    Sempre demonstras grande sensibilidade na opção poética, como aconteceu, na escolha de Eugénio de Andrade.
    Beijinhos

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  3. Sem dúvida , apenas uma sombra que passa! bjsss

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  4. Esse poema é lindo, e tudo mesmo é como uma sombra que passa, feliz dia, beijos

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  5. Boa tarde Maria, um poema lindo que contém uma mensagem bem verdadeira.
    A vida acontece e passa como uma aragem!
    É bom aproveitarmos ao máximo o que de melhor ela nos oferece.
    Um beijinho.
    Ailime
    Ailime

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“Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós” (Antoine de Saint-Exupery).

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